A exposição de arte digital foi inaugurada no dia 8 de março, e contou com a presença do Presidente e do Vice-presidente da Câmara Municipal do Marco de Canaveses, Manuel Moreira e José Mota.
«Foi com grande satisfação que viemos à inauguração da exposição “Frida Miranda”, que tão bem ilustra a irreverência e a contemporaneidade destas duas artistas, que marcaram o seu tempo e deixaram um legado de grande valia e que, ainda hoje, é tão celebrado e com tanto sentido», referiu Manuel Moreira.
«É para nós um orgulho ter uma artista de qualidade a realizar esta exposição em torno de Frida e da nossa Carmen Miranda», notou o Autarca considerando que esta «é mais uma excelente oportunidade para conhecer o percurso da nossa “pequena notável” e divulgá-lo junto de várias gerações, perpetuando o nome e o talento de Carmen Miranda».
Nesta mostra, Ana Mesquita celebra a pintura de Frida Kahlo, nascida no México, e a artista do mundo da música Carmen Miranda, nascida no Marco de Canaveses, em Portugal, e emigrada depois para o Brasil, e que se tornou popular pelas canções que interpretava.
Tanto Frida como Carmen vieram a tornar-se muito conhecidas quer nos seus países de origem quer nos Estados Unidos, onde viveram alguns anos, recorda um texto da artista sobre o seu trabalho, que tem curadoria de Sofia Marçal.
Tendo sido absolutamente contemporâneas, ambas morreram com um ano de diferença e partiram antes de completar cinquenta anos. Frida e Carmen foram o exato oposto uma da outra, tanto em termos formais, educacionais, como políticos e sexuais, muito embora tenham tanto em comum, aparentemente, no modo de se decorar e na pose. São por tudo isto e muito mais uma dupla incrivelmente rica de motivos de inspiração que nunca antes alguém juntou.
Ana Mesquita formou-se em Design no Porto e foi aluna de mestres do desenho como Jaime Azinheira e Mário Bismark, tendo-se dedicado depois à pintura, que expôs, pela primeira vez, na Galeria Work.Ink, na Cidadela de Cascais.
Desde então realizou cinco exposições individuais na Madeira e em Paris, participou em oito exposições coletivas, e enquanto artista plástica foi membro do comité de análise para a candidatura de Amakusa (ilha no sul do Japão) a património da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
A exposição "Frida Miranda" está patente ao público, no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, em Lisboa, até ao próximo dia 9 de abril.