A Assembleia Municipal homenageou, este ano, os protagonistas da instalação do Poder Local no concelho de Lamego, convidando os primeiros autarcas eleitos a estarem presentes nestas cerimónias. "São eles os primeiros obreiros do desenvolvimento e afirmação das suas freguesias, pese embora a sentida ação que as políticas do Governo Central nos vêm impondo, conduzindo à desertificação de todo o Interior", elogiou José Carrapatoso, Presidente da Assembleia Municipal.
Durante o discurso de encerramento da última Sessão Solene desta legislatura a que preside, José Carrapatoso enalteceu "as novas dinâmicas de crescimento e desenvolvimento" executadas desde 2005, sob a Presidência de Francisco Lopes. "Concretizou muitos dos sonhos e necessidades dos Lamecenses. Direi que, com ele, chegou Abril a Lamego. Foi o Presidente que Lamego merecia há anos, e que, ao aproximar-se o fim dos seus mandatos, deixa marca indelével da sua passagem, bem como projetos candidatados e já aprovados no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano, assegurando e garantindo a continuidade do investimento num valor superior a 10 milhões de euros".
Com um Salão Nobre repleto de pessoas "de cravo ao peito", esta cerimónia ficou ainda marcada pelo minuto de silêncio que todos os presentes guardaram em memória das vítimas da dramática tragédia ocorrida, a 4 de abril, na fábrica de pirotecnia, situada na freguesia da Penajóia, da qual resultou o desaparecimento de oito pessoas.
No conjunto dos atos de Comemoração do Dia da Liberdade em Lamego, também se destacou a realização da nona Assembleia Municipal do Futuro subordinada ao tema “O futuro em Lamego: a desertificação devido à emigração forçada”, uma ação de sensibilização para a necessidade de intervenção cívica dos alunos, bem como a inauguração da exposição "Militares de Abril", no Museu Pedagógico.
A proclamação dos valores da Liberdade e da Democracia passou mais uma vez, na noite de 24 de abril, pelo palco do belo Teatro Ribeiro Conceição com a realização de um espetáculo cultural dinamizado pelas freguesias do concelho e, no sábado anterior, pela apresentação pública do livro “O amor é sempre inocente”, da autoria de Aurora Simões de Matos.