Em 2016, os corpos gerentes da Misericórdia de Lamego empenharam-se no desenvolvimento de uma ação contínua de melhoria das condições físicas de diversas valências, bem como no seu apetrechamento através da aquisição de vários equipamentos. Em simultâneo, conseguiu-se inverter, em algumas valências, a trajetória financeira desfavorável, nomeadamente na creche e no jardim de infância. Na apresentação feita aos “irmãos” presentes na Assembleia Geral foi ainda destacado o aumento das despesas com o pessoal justificado pela abertura de um novo serviço: a Rede Local de Intervenção Social (RLIS), na Rua do Teatro. Também o aumento do salário mínimo nacional e a entrada em vigor do novo Acordo Coletivo de Trabalho para as misericórdias refletiu-se no agravamento das despesas.
Na apresentação do Relatório e Contas de 2016, Marques Luís anunciou que durante este período foi aprovado um novo licenciamento de obras com vista à remodelação profunda do Lar de Idosos de Arneirós, de modo a dotá-lo de condições de excelência. Ao mesmo tempo, “consolidou-se” o desenvolvimento de um projeto de resolução definitiva do “problema” da Ilha Amarela, na cidade do Porto, através da elaboração de um projeto de arquitetura que irá transformá-la num polo residencial composto por 45 apartamentos destinados a residências de curta/média duração, vocacionadas sobretudo para estudantes universitários: “Encontrámos assim um caminho que será promissor como meio de geração de receitas”. Sobre este processo, o projeto de arquitetura foi aprovado recentemente pela Câmara Municipal do Porto.
A Misericórdia de Lamego concentrou ainda os seus esforços, ao longo do ano anterior, na procura de uma resolução para as instalações do antigo Hospital D. Luís I, propriedade desta instituição e desativado desde a abertura ao público do novo Hospital de Proximidade de Lamego: “Finalmente conseguimos iniciar um processo negocial, com o Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro e com a ARS Norte, tendo fundadas esperanças na obtenção de um acordo em que sejamos ressarcidos das rendas em atraso”.
Na hora do balanço, o Provedor recordou, entre outras realizações, o reforço da ligação “ativa e interventiva” com a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego, a dinamização da atividade cultural na Igreja das Chagas, a constituição de um grupo coral e as comemorações com “especial dignidade” do 497º aniversário desta instituição.
O Relatório de Gestão e Contas referente a 2016 mereceu o parecer positivo por parte do Conselho Fiscal da Misericórdia.