Exactamente ao contrário. Os CTT anunciam que vão abrir um “Posto de Correios” em Coimbrões, só não informam que, ao mesmo tempo, vão encerrar, já no fim do mês, a “Loja CTT”, que detêm no Parque Empresarial, a funcionar no edifício do seu terminal de distribuição postal.
Significa esta “mudança” que os CTT vão deixar de ter instalações (fecham a Loja CTT), pessoal e serviços próprios em Coimbrões, perdendo com isso as empresas e os clientes um atendimento profissional e diversificado.
Em substituição, os CTT instalam na AIRV um “Posto de Correios” em regime de concessão, com pessoal inexperiente contratado por esta associação, com redução de serviços (não se efectuará, por exemplo, o pagamento de reformas), à mistura com toda a outra actividade que ali se desenvolve.
Sem nenhuma explicação elementar aos clientes para esta alienação de responsabilidade, a administração dos CTT, cumpre o seu papel de transformação do que foi um serviço público essencial à coesão territorial e ao apoio social a populações e pequenas empresas, numa “máquina” virada para a produção exclusiva de lucros que satisfaçam as expectativas dos accionistas.
É para este tipo de “transacções” e “negócios”, que eles querem a privatização de serviços e empresas públicas, como está bem à vista com os escândalos das “rendas” pagas pelo Estado à EDP e a manipulação impune dos preços dos combustíveis pela GALP.
O PCP continua a defender o controle pelo Estado português de sectores e empresas estratégicas para o País, como forma de garantir o desenvolvimento sustentado de todo o território nacional, a prestação de serviços públicos essenciais à elevação da qualidade de vida das populações e a independência e soberania de Portugal.
O Grupo Parlamentar do PCP irá dirigir ao Ministro da Economia e ao Ministro do Planeamento e das Infraestruras, perguntas que tornem claro se esta perda de serviços é do seu conhecimento e que outras “Lojas dos CTT” no Distrito de Viseu aquela empresa tem previsto encerrar?