O ciclo de cinema programado por Isabel Nogueira para esta edição sob o tema “Paradoxo”, centra-se nos clássicos de cineastas como Wim Wenders ou Orson Welles, e reporta questões paradoxais pre-sentes em vivências diárias individuais e colectivas ou em situações emocionais, políticas e sociais. Ao ar livre, na Praça D. Duarte, serão exibidos Touch of Evil (A Sede do Mal) de Orson Welles, The Foun - tainhead (Vontade Indómita) de King Vidor e Der Himmel über Berlin (As Asas do Desejo) de Wim Wenders. A extensão do Festival Política a Viseu, traz do outro lado do oceano, no próximo dia 15 de Julho, o retrato dos movimentos sociais da Brasília, com a projecção do filme Ressurgentes de Dácia Ibiapina.
Com espírito no jazz e na música improvisada, a aparição do duo Peter Gabriel (Gabriel Ferrandini, bateria e percussão, e Pedro Sousa, saxofone tenor) acontece na próxima quarta-feira, dia 12, na Praça D. Duarte. Quinta-feira, dia 13, é o dia de George Marvinson, projecto a solo de Tiago Vilhena, da banda portuguesa Savanna.
Durante a semana, para além das instalações e exposições permanentes, e das oficinas e mercados que decorrem também diariamente, o programa integra ainda as criações e apresentações de teatro de Jorge Fraga, assentes no paradoxo de que o Silêncio é o Grito Mais Forte.
Para o segundo fim-de-semana (14 e 15 de Julho) esperam-se os momentos únicos da Catedral de Viseu, com o americano William Basinski, um dos compositores mais fascinantes do nosso tem-po, que irá apresentar a sua mais recente obra. A Shadow In Time é composta por duas faixas: a primeira é uma homenagem a David Bowie, enquanto, na seguinte, Basinski recupera o VoyetraEight, um sintetizador obsoleto. A Catedral recebe igualmente o austríaco Fennesz, que se apresentará na companhia do norueguês Arve Henriksen (trompete) e o saxofonista britânico Evan Parker, um dos mestres da música atonal e do free jazz.
A voz da performer e compositora norueguesa Stine Janvin irá povoar o Claustro da Catedral com a apresentação de Fake Synthetic Music, onde explora e estende as fronteiras da acústica natural da voz. Outros dos destaques são a Igreja da Misericórdia como palco para a apresentação do trio dinamarquês Vanessa Amara, da editora Posh Isolation. A criação única dos históricos portugueses Pop Dell’Arte com Tiago Pereira e o Grupo de Percussão de Valhelhas, e o concerto dos portugueses Phantom Vision, pela mão da Fora de Rebanho, Associação Cultural de Viseu, acontecem no adro da Igreja.
Para terminar as noites, sessões de música com Superpitcher, da editora alemã Kompakt, e Dj Firmeza, da editora portuguesa Príncipe.
Sob o tema Paradoxo, os Jardins Efémeros decorrem até ao próximo dia 16 de Julho, no centro histórico de Viseu.